Cara , quando eu fico cara-cara com a realidade Já sei porque fico de cara 2x A minha sede é de nordeste Meu orgulho é de um caiapó Que foi pra Brasília falar com o presidente Todo sorridente e limpo de coração Pois se era dia de festa, então Tomou pela testa, caiu pelo chão Junto dele haviam outros irmãos Sem convites, sem terra, sem pão com salários de merda Migalhas aos porcos barrados no baile E mais uma vez o preto apanhou E mais uma vez o índio chorou Cara quando eu fico cara a cara com a realidade Já sei porque fico de cara