Mário Cláudio José António Sabrosa Seria a noite transida, / Seria um grito na rua, / Seria a porta da vida / Fechada ao rasto da lua. / Seria a chaga do Lado, / Seria o espelho do rio, / Seria um xaile rasgado / Que nos guardasse do frio. / Seria a voz que resume, / Seria A sombra da face, / Seria um cravo de lume / Que no vinho se afogasse. / Seria uma vela acesa, / Seria a estrela Polar, / Seria um lenço ou uma reza / Que nos viesse matar.