Esse teu dente de ouro Penduro no meu colar Esse desejo de mouro Do peito quero sangrar Essa corrente que prende Teus movimentos no ar Tem elos de energia Difíceis de se quebrar São dez dedos Pros anéis Cem cabeças Pra pensar Num lugar Pra se viver Num gatilho Pra puxar Meu sorriso Pelo cano Escorrendo feito mel Por enquanto vou passando E estendendo meu chapéu Essa amarga mistura De vinho branco com fel Dão passarinhos voando Nas cordilheiras do céu Óh! Tu que tens o repente Na hora de me falar Deixa de novo o sol quente