Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso Minha metralhadora Cheia de mágoas Eu sou um cara... Cansado de correr Na direção contrária Sem pódio de chegada Ou beijo de namorada Eu sou mais um cara... Mas se você achar Que eu tô derrotado Saiba que ainda Estão rolando os dados Pois o tempo O tempo não pára... Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo Sem um arranhão Da caridade De quem me detesta... A tua piscina Tá cheia de ratos Tuas idéias Não correspondem aos fatos O tempo não pára... Eu vejo o futuro Repetir o passado Eu vejo um museu De grandes novidades O tempo não pára Não pára não, não pára... Eu não tenho data Prá comemorar Às vezes os meus dias São de par em par Procurando agulha No palheiro... Nas noites de frio É melhor nem nascer Nas de calor Se escolhe: É matar ou morrer E assim Nos tornamos brasileiros... Te chamam de ladrão De bicha, de maconheiro Transformam o país inteiro Num puteiro Pois assim Se ganha mais dinheiro... A tua piscina Tá cheia de ratos Tuas idéias Não correspondem aos fatos O tempo não pára... Eu vejo o futuro Repetir o passado Eu vejo um museu De grandes novidades O tempo não pára Não pára não... Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo Sem um arranhão Da caridade De quem me detesta... A tua piscina Tá cheia de ratos Tuas idéias Não correspondem aos fatos O tempo não pára... Eu vejo o futuro Repetir o passado Eu vejo um museu De grandes novidades O tempo não pára Não pára não, não pára...