Porque é longa a minha sede Trago a alma insaciada Uma voz sem tom nem tempo Age oculta p'la calada Sou a solidão do tempo Quando o nevoeira cerra Sou a estranha flor ao vento No esquecimento da terra Porque é longa a minha sede Busco a fonte desejada Como a voz sem tom nem tempo Que se oculta em mim calada Num intenso gesto de alma sou Esta pena de me achar tão só Tanto e tão pouco Ai vida, ai vida...