Esperemos que sim: Que sejam os Instantes entre lugares a Legitimar a Corrida Se o não estar é Que é vida, o Estar é afinal o quê? É Tempo morto, perdido? (Não sabemos se sim, se não) Correr bem é correr De mais: é Não parar em lugar Nenhum. "Um Dia" - como é que costuma dizer aquele teu amigo? Sem pausas, sem fim À vista, a Errar entre o ser e o não estar Dos instantes, eis a questão (Assumamos: ou sim, ou não) Para que tudo nos soe lógico Invertemos à força a lógica Isto num esforço épico Desencontrado e fora de época Aprendeste a tirar Partido; dizes: "Estranho... Mas tudo bem" (Eu não sei Se calhar, também) Os instantes Os instantes... Não são estes tal qual os de antes? Há aqui pouco que comparar (Concordamos que sim, que são) Esgotados os sins Os seja, é Mais que certo o Resultado: o Passado é um sapo engolido Murmuramos ao Próprio ouvido: "E Já nem sequer é segredo que Nos voltaremos a encontrar" (Talvez sim ou talvez não) Embora seja algo de mágico Soa sempre um pouco ridículo Acrescentar ainda mais um fascículo Querer reviver um momento único Esperemos que sim: Que sejam os Instantes entre lugares a Legitimar a Corrida