Sou eu que rezo na cachoeira Que tem Xangô na pedreira, Que leva toda a zoeira pra lá, pra lá Sou eu, em noites de lua cheia Pisando em grãos de areia Te levo pra ouvir sereia cantar, cantar Sou eu, o samba que contagia Que acende a tua alegria A dona da poesia à sonhar, sonhar Sou eu, que traz no peito escondida A dor de uma ferida Que ainda faz o meu pranto rolar Me lembro aquele dia Naquele adeus, eu chorei Pensei que era mandinga Ajoelhei Entrei em várias igrejas E quase perdi a fé Você voltou, que alegria, axé!